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Mortalidade Materna: Um Problema Evitável que Exige Compromisso Coletivo

A maternidade não pode ser um risco

Mais de 800 mulheres morrem todos os dias no mundo por causas evitáveis relacionadas à gestação, parto e pós-parto, segundo a OPAS/OMS. No Brasil, a taxa de mortalidade materna ainda está acima do ideal: em 2021, foram 107 mortes a cada 100 mil nascidos vivos — muito além da meta de 70 estabelecida pela ONU.

Essas mortes poderiam ser evitadas com acesso a cuidados básicos e infraestrutura adequada. No entanto, a desigualdade no acesso à saúde ainda é um obstáculo grave em diversas regiões do país.

Causas e desigualdades

As principais causas de mortalidade materna no Brasil são hipertensão, hemorragias, infecções e outras complicações que podem ser prevenidas. A ausência de ambulâncias, a distância até maternidades equipadas e a falta de profissionais capacitados agravam esse cenário.

Além disso, a violência obstétrica e o racismo institucional afetam especialmente mulheres negras e indígenas, aprofundando desigualdades históricas. O cuidado com a vida das mães passa também por combater essas formas de violência.

Caminhos para mudar essa realidade

A ONU afirma que até 90% das mortes maternas poderiam ser evitadas com medidas simples: pré-natal qualificado, exames de rotina, acompanhamento no pós-parto e profissionais preparados durante o parto.

Iniciativas como a Estratégia Rede Cegonha foram importantes, mas precisam de continuidade, investimentos e fiscalização. É necessário garantir que toda mulher, independentemente de onde viva, tenha acesso a um cuidado digno.

A AMECS acredita que cuidar da saúde materna é proteger a vida em sua forma mais essencial. Neste 28 de maio, reforçamos nosso compromisso com todas as mães e com uma saúde justa e segura para todas as mulheres.

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