Abril é também o Abril Azul, mês de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 1 em cada 100 crianças no mundo está dentro do espectro, e esse número continua crescendo com o aumento do diagnóstico.
Apesar dos avanços, o autismo ainda é cercado de preconceitos, desinformação e barreiras sociais que dificultam o acesso à saúde, à educação e à cidadania.
O que é o TEA?
O Transtorno do Espectro Autista é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, o comportamento e as interações sociais.
Cada pessoa com autismo é única, com diferentes graus de suporte necessários. Não há “um tipo só de autismo”, e por isso falamos em espectro.
Sinais comuns incluem:
Dificuldade na comunicação verbal e não verbal
Interesse restrito ou comportamento repetitivo
Alterações sensoriais (hipersensibilidade a sons, cheiros, luz etc.)
O diagnóstico é clínico, feito geralmente por psiquiatras ou neuropediatras, com apoio de psicólogos e fonoaudiólogos.
Autismo e o acesso à saúde
No Brasil, muitos familiares relatam dificuldades para obter diagnóstico precoce, iniciar acompanhamento terapêutico e garantir os direitos garantidos por lei. A Lei Berenice Piana (12.764/2012) reconhece o autista como pessoa com deficiência, garantindo prioridade no SUS e acesso à educação inclusiva.
Ainda assim, faltam profissionais capacitados, filas são longas e a rede de apoio, em muitos casos, é inexistente.
Segundo o Ministério da Saúde, o atendimento deve ser multiprofissional, com foco no desenvolvimento global da criança e no apoio à família.
Educação e inclusão social
Ambientes educativos e de saúde devem estar preparados para acolher e respeitar a individualidade de cada pessoa com TEA. Isso inclui:
Formação continuada para professores e profissionais de saúde
Adaptações sensoriais
Comunicação alternativa (como o uso do PECS ou pictogramas)
Combate ao capacitismo e ao bullying
Como podemos ajudar?
Escute mais e julgue menos.
Apoie leis de inclusão.
Compartilhe informações confiáveis.
Promova empatia e respeito.
O Abril Azul é mais do que um símbolo: é um convite à ação. Precisamos transformar a conscientização em atitudes que tornem a sociedade mais acessível, respeitosa e justa para todos.
📌 Incluir é reconhecer o valor de cada pessoa em sua singularidade. Que a saúde e a empatia caminhem juntas!